terça-feira, julho 19, 2005

ESTÓRIAS FANTÁSTICAS DE VERÃO

Os princípios de tarde em Julho, mesmo em Sintra, podem ser infernais. Imaginem então debaixo de um fato com uma gravata ao pescoço. Era recomendável o fato para um casamento, pelo menos para quem como eu gosta de ser discreto.
Estacionar em Sintra também não é nada fácil mas depois de ter descarregado as pessoas à porta da igreja e ter dado quase uma volta e já de regresso ao mesmo sítio encontro um lugar onde julguei ter descoberto uma coisa que mais ninguém descobriu. Deixei lá o carro e nem reparei nas placas mais à frente. Na verdade só olhei para elas quando o polícia e a sua ajudante gorda e nojenta, uma baleia fora do mar, já estavam a passar multas e a esfregar os seus corpos pesados e gordurentos na chapa tentando com esforço colocar as folhinhas no limpa pára brisas.
Percorri o passeio até chegar ao carro que não era meu mas que estava sob a minha responsabilidade e vi que não tinha ainda o papel branco. Que satisfação, pensei que poderia sair dali sem ter de matar ninguém, mas estava enganado. Fui surpreendido por um pedante BOA TARDE que me fez voltar e ver o polícia preguiçoso atrás de mim. Com aquele ar de eu quero ser autoridade perguntou-me pelos documentos e perguntou-me se tinha sido eu que tinha estacionado ali o carro. Mas que grande mula gordurenta pensei eu querendo espetar no pescoço o canivete que tinha no bolso. Estes polícias da treta são mesmo uma grande treta pensei eu até a baleia chegar e pedir para eu ir com ela até ao carro dos preguiçosos e gordos polícias portugueses. Os preguiçosos e gordos polícias portugueses são mesmo nojentos voltei eu a pensar. Estava cheio de ódio. Louco para assassinar aqueles dois infelizes até que a baleia depois de olhar para a minha carta de condução e ler FUNCHAL em letras garrafais perguntou-me se eu tinha tirado a carta na Madeira. Aí eu não aguentei, tirei da minha bolsa o meu revolver ainda por estrear, apontei ao crâneo na gorda infeliz que estava de costas e executei a baleia a sangue frio. Depois o outro polícia exclamou O QUE ACONTECEU dirigindo-se nervosamente para onde eu estava a tirar o revolver ao que eu prontamente respondi atirando mais quantro tiros na sua direcção, os bastantes para o nojento se abater contra um carro violentamente e o pintar com o seu sangue.
Nesta altura já algumas pessoas fugiam pelas ruas aos gritos e eu pensava que belo dia este aqui, sem nenhuma nuvem no céu. Tinha sangue de baleia espalhado pelo fato. Meti o revolver na bolsa, guardei os meus documentos e parti com destino à festa de casamento.

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