domingo, abril 01, 2007

MIGUEL SOUSA TAVARES

(Lisboa) Miguel Sousa Tavares no seu artigo de opinião de ontem no Semanário Expresso: O povo da Madeira adora o dr. Jardim e com certeza que tem razão: tudo o que ele faz não lhes custa um tostão. Ainda acrescentando, na sexta-feira tive um almoço de Páscoa da empresa onde trabalho. Um momento para nos conhecermos melhor uns aos outros fora do âmbito profissional. Entre outras coisas e pelo facto do autor destas linhas ser madeirense estava-se a falar das fortunas árabes e o assunto pulou para o facto da Madeira também ter um líder árabe mas este sem poços de petróleo que pudessem justificar os seus caprichos. O poço de petróleo seria o Orçamento de Estado neste caso. Isto para vos dizer a todos que essa ideia sempre esteve presente associada à Madeira, pelo menos em muitos dos nossos concidadãos que vivem em Portugal fora da Madeira.

Desde os tempos de faculdade e quando as pessoas descobriam a minha origem madeirense logo me vinham com essa conversa que a Madeira vive acima das suas possibilidades. Uma ideia que é reforçada pela atitude dos políticos madeirenses muitas vezes associados a pedintes (e não é que certas atitudes parecem mesmo de pedintes? pelo menos quem para quem olha de fora) no continente e uma ideia que eles próprios, os visados, não tentam contrariar. A única coisa que contrariam são as pessoas que não dizem o que eles querem e não as ideias. Isto de contrariar pessoas é muito cansativo, por duas razões, primeiro por que elas são muitas e em segundo por que a ideia é comum logo combater a ideia é combater as pessoas proprietárias dela, logo é muito mais eficaz argumentar contra ideias e não contra pessoas.

Vejo em muitos artigos de opinião que os que ousam falar assim da Região Autónoma da Madeira, supostamente difamando-a, são logo considerados uns hereges, são seguidamente excomungados e executados sumariamente com palavras das mais violentas possíveis. Ou seja, o chamado político madeirense está-se nas tintas para a ideia, tenta é silenciar o acusador o que não é nada abonatório para quem silencia. Em muitos textos que leio por aí Miguel Sousa Tavares é tratado como um inimigo da Madeira (a Madeira pelos vistos tem inimigos!, os doentes pensam que tem, eu acho doentes os que acham que a Madeira tem inimigos).

Na verdade Miguel Sousa Tavares não é um inimigo da Madeira. É só mais uma pessoa que pensa pela sua própria cabeça e tem o direito de expor os seus pensamentos. Só por que nós não concordamos com uma pessoa não quer dizer que ela seja nossa inimiga ou significa?

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