(Lisboa) Os parques e jardins são poucos nas nossas cidades. Estou a falar de cidades como Lisboa ou mesmo o Funchal. Grandes ou pequenas os parques não só são importantes pulmões mas também servem para gostarmos mais dos sítios onde vivemos.
A cultura do carro levou a que cada espaço vazio ou desocupado fosse um candidato a vaga. Passeios, recantos de pequenas obras, rotundas, ruas, estradas, tudo serve para largar o carro. Depois vem o stress, a falta de paciência e desrespeito pelo espaço do outro. Se já repararam, a maior parte das discussões passa por questões de espaço, da falta dele.
O Jardim de Santa Luzia, no Funchal foi construído depois de, durante muitos anos termos tido de conviver com um enorme edifício abandonado, a Fábrica do Hinton. A importância da fábrica não foi esquecida, pelo contrário. Manteve-se a enorme chaminé e variada maquinaria espalhada pelo jardim.
Existem muitos espaços abandonados nas cidades. Espaços que não são tratados por que os seus donos não têm capacidade financeira ou imaginação para os reparar ou reconstruir. Esses mesmos espaços também não são vendidos a quem os queira comprar. Ao mesmo tempo o preço alto no centro das cidades leva a que as pessoas normais que trabalham todos os dias se refugiem nos subúrbios baratos e com baixa qualidade de vida.
Parece que o carro trouxe mais liberdade mas na verdade em muitas situações não é bem assim. Muitos só compram casas onde Judas perdeu as botas exactamente por que têm carro que os leva a qualquer lado mas pagam o preço alto de passarem muitas horas por semana parados em longas filas onde o para arranca lhes envelhece a alma e o corpo mais rapidamente que o tempo.
(Lisboa) Os parques e jardins são poucos nas nossas cidades. Estou a falar de cidades como Lisboa ou mesmo o Funchal. Grandes ou pequenas os parques não só são importantes pulmões mas também servem para gostarmos mais dos sítios onde vivemos.
A cultura do carro levou a que cada espaço vazio ou desocupado fosse um candidato a vaga. Passeios, recantos de pequenas obras, rotundas, ruas, estradas, tudo serve para largar o carro. Depois vem o stress, a falta de paciência e desrespeito pelo espaço do outro. Se já repararam, a maior parte das discussões passa por questões de espaço, da falta dele.
O Jardim de Santa Luzia, no Funchal foi construído depois de, durante muitos anos termos tido de conviver com um enorme edifício abandonado, a Fábrica do Hinton. A importância da fábrica não foi esquecida, pelo contrário. Manteve-se a enorme chaminé e variada maquinaria espalhada pelo jardim.
Existem muitos espaços abandonados nas cidades. Espaços que não são tratados por que os seus donos não têm capacidade financeira ou imaginação para os reparar ou reconstruir. Esses mesmos espaços também não são vendidos a quem os queira comprar. Ao mesmo tempo o preço alto no centro das cidades leva a que as pessoas normais que trabalham todos os dias se refugiem nos subúrbios baratos e com baixa qualidade de vida.
Parece que o carro trouxe mais liberdade mas na verdade em muitas situações não é bem assim. Muitos só compram casas onde Judas perdeu as botas exactamente por que têm carro que os leva a qualquer lado mas pagam o preço alto de passarem muitas horas por semana parados em longas filas onde o para arranca lhes envelhece a alma e o corpo mais rapidamente que o tempo.
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