terça-feira, fevereiro 05, 2013

BASINGSTOKE

(Basingstoke, com muito frio e a ficar cada dia pior) Fica a uns oitenta quilómetros de Londres mais ou menos na direcção de sudoeste. Uma hora de comboio da capital, mais ou menos o mesmo tempo de carro para o Aeroporto de Heathrow. Sabem quem é a Elizabeth Hurley? Ela é de cá. Tirando o taxista que nasceu em Espanha e lá viveu durante mais de vinte anos e obviamente depois desse tempo todo, falava espanhol, nada de verdadeiramente fora de série aconteceu comigo aqui. É sempre agradável estar em Inglaterra. O país é limpinho e a chuva frequente por estas latitudes também ajuda a lavar muita coisa. Tudo é verdinho, as casas são acolhedoras e quentes mesmo no inverno, os ingleses falam inglês e a minha televisão, desta vez, fica bem desligada que é o melhor. Há muito tempo que as notícias são sempre as mesmas por aqui e por ali. Não passa daquilo. Sem querer me por em bicos dos pés, parece que estamos a chegar ao fim de algo. O fim do mundo de há dois meses atrás caiu bem nestes tempos de pouca esperança e incerteza mas talvez não seja bem o fim do mundo que aí vem. Virá outra cena qualquer. Depois de acontecer vou poder escrever eu bem vos disse, armando-me em comentador de TVI. O mundo mudou. Eu acho que sempre mudou e não apenas agora. A boa notícia é que vai continuar a mudar e vamos continuar a ter dias e noites e verão e inverno. Talvez me estejam a ler daqui a cinco minutos, num domingo à tarde no ano de 2050 mas, aqui, nesta hora em que vos escrevo, desejo-vos uma boa noite.

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